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5 golpes que maus mecânicos aplicam para você gastar mais na oficina

Cuidado com o mecânico que sugere trocar o que não precisa.
Imagem: Foto: Shutterstock

Quem nunca se sentiu inseguro ao receber um orçamento com valor indigesto da mão de um mecânico? O sentimento é comum porque carro é um bem de consumo que exige mão de obra técnica para reparo e a maior parte da população não entende bem os detalhes de seu funcionamento. E é exatamente por isso que maus profissionais agem de má-fé e acabam sujando a imagem de toda a categoria.

Uma atitude em comum entre esses profissionais é incluir no orçamento serviços que não foram feitos, peças que não foram substituídas ou "empurradas" para o cliente desavisado. Para prevenir essa situação, a dica do engenheiro mecânico André De Maria, do Bosch Car Service Autocentro Confiar, é agir como se um médico tivesse diagnosticado uma doença grave: buscar uma segunda opinião.

"Não digo em serviços simples. Mas quando não se tem confiança em um orçamento salgado, é bom buscar um outro local. Nem sempre é golpe, é claro, mas o cuidado vai deixar o dono do carro mais seguro."

Confira 5 golpes aplicados em proprietários desavisados

1 - Carro empenado?

Uma atitude comum entre os maus mecânicos é condenar o alinhamento do carro quando ele chega à concessionária. André De Maria explica que não se trata de um diagnóstico simples. Nesses casos, o golpista aponta uma situação grave e sugere serviços como cambagem e caster.

"Ele vai analisar a geometria do carro, o sistema nos dá diversos números. Nós, especialistas, sabemos que cada um deles tem um valor de referência, mas o proprietário não sabe. Ele se aproveita disso para dizer que o carro está empenado. O serviço passa de R$ 150 para R$ 2.500, às vezes nem é realizado, em outras até pioram a situação", alerta.

2- Pane elétrica ou mau contato?

Outra situação comum é quando um cliente chega com problemas na parte elétrica. De acordo com o especialista, o primeiro passo é entender se não se trata de um mau contato. Nesse caso, basta uma limpeza e, em situações mais graves, quando o defeito é crônico, vale aumentar um ponto na estrutura de aterramento do veículo.

No entanto, é nessa hora que alguns golpistas aproveitam para condenar peças caras, como um alternador, e o serviço pode passar de R$ 2 mil.

3- Problema no motor? Pode sair caro?

Se tem uma situação na qual os proprietários de veículos esperam um orçamento alto são os problemas no motor. Em alguns casos, uma luz espia sinaliza que a sonda lambda detectou algo de errado. Essa peça é responsável por enviar um sinal elétrico à injeção eletrônica do automóvel indicando a presença de oxigênio nos gases de escape, possibilitando o controle da quantidade de combustível a enviar para o motor.

"Qualquer problema que aconteça no motor do carro, eles vão tentar trocar a sonda lambda ou até mesmo o catalisador. No entanto, às vezes, o defeito está em um bico ou uma vela, algo bem mais simples de ser resolvido. Mas eles valorizam a situação para faturar mais. É bom ficar atento: um catalisador só estraga se o combustível usado for de qualidade muito ruim ou em caso de acidente", diz De Maria.

4- Transmissão condenada

Também é importante ficar atento às recomendações de troca ou análise profunda de toda transmissão do veículo quando há trancos. Segundo o engenheiro, até o diagnóstico é trabalhoso, por isso é cobrado.

"Na maioria dos casos, é problema no sensor, mas o golpista vai dizer que é para revisar a caixa inteira. É provável que ele não faça isso, mas incluirá no orçamento."

5- Atenção à troca de peças

Um golpe bem antigo é o da falsa troca de peças. Isso acontece quando, por exemplo, o proprietário leva o carro para revisão por tempo de uso, mas rodou pouco no veículo. O mau mecânico pode enxergar nisso a chance de não trocar a peça - o que é condenado pelas montadoras -, mesmo cobrando por ela.

Os mais espertos podem até fazer uma limpeza para que a peça antiga pareça nova e o cliente não suspeite de nada. Por isso, a dica é pedir para levar a peça antiga para casa - o que ameniza o problema, mas não impede o golpista de te entregar um elemento de outro carro.

Os maus não são a maioria Apesar das orientações, é importante lembrar que os maus profissionais, felizmente, não são a maioria. Segundo Antônio Fiola, presidente do sindicato dos reparadores de veículos (Sindirepa), ao suspeitar de um golpe, o cliente deve procurar o Procon e até mesmo a polícia.

"É importante ter uma relação de confiança entre o mecânico e o cliente, e sempre estar atento ao que está sendo feito em seu carro. Procurar se informar ao máximo e denunciar abusos", afirma.

Fonte: Uol Carros