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Brasil

Regras serão rigorosas na proibição do uso de fakes e robôs nas eleições 2020

Impulsionamento só pode ser utilizado pelos próprios candidatos ou suas agremiações.
Imagem ilustrativa

A novas regras para propaganda eleitoral na Internet em 2020 também trouxeram três importantes dispositivos para garantir a lealdade dentre as campanhas eleitorais.

O primeiro deles é o combate aos já conhecidos perfis fake, ao proibir a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral por meio de cadastro em serviços online com a intenção de falsear identidade.

As Fake News nas eleições municipais de 2020, serão certamente um grande problema, como nas eleições passadas, mas o sistema eleitoral vem se aperfeiçoando para combater este tipo de problema.

O outro é a restrição do impulsionamento de conteúdos eleitorais às ferramentas disponibilizadas pelos provedores de aplicação diretamente contratados.

Com isso, é vedado o uso de outros dispositivos ou programas, tais como robôs, notoriamente conhecidos por distorcer a repercussão de conteúdo.

Por último, a Lei Eleitoral estabelece que o uso do recurso de impulsionamento somente pode ser utilizado com a finalidade de promoção ou benefício dos próprios candidatos ou suas agremiações.

Na prática, fica proibido, portanto, o uso de impulsionamento para campanhas que visem somente denegrir a imagem de outros candidatos, na estratégia que ficou conhecida entre os profissionais de marketing como “desconstrução de candidatura”, tão usada nas eleições passadas nos meios digitais.

A multa pela prática de propaganda na internet em desacordo com a lei é de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00, ou o dobro do valor despendido na infração, caso este supere o limite máximo da multa.

Estão sujeitos a ela o responsável pelo conteúdo e, também, o beneficiário da infração, caso tenha conhecimento comprovado da violação.

Saiba mais sobre o uso de Robôs nas eleições

O uso de robôs nas eleições se tornou uma tática do marketing político, visto que pode ser usado tanto de maneira oculta, quanto como forma de militância e propagação de ideias, eventos e projetos, às claras. Com o uso destes, as notícias falsas contaminam o debate saudável sobre política, segundo a Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP/FGV, tanto que, durante as eleições de 2014, perfis falsos geraram mais de 10% do debate político. Isso não significa que todas as interações eram falsas, pois pessoas comuns, como nós, acabam respondendo ou interagindo sem perceber que, do outro lado, está a fala de um robô.

Percebe o poder da (des)informação? A propaganda política computacional pode alterar nossa percepção da realidade. O aumento dos números causa um “efeito manada”. O uso de robôs durante a campanha tem o efeito de condenar a imagem de um candidato e glorificar a de outro. É o futuro da sua cidade e da sua nação sendo determinado pelo que não é real.

Notícias falsas sempre existiram, principalmente no ramo da política, onde não é novidade a campanha de um candidato soltar uma informação sobre o adversário para que ele perca votos ou que boatos sobre a vida dele sejam espalhados. As notícias falsas disseminam informações que não estão 100% corretas sobre candidatos, partidos políticos, políticas públicas… Assim, aos poucos, vamos formando nossas bolhas de opinião e os algoritmos das redes sociais nos mostram as pessoas e as notícias que corroboram a nossa visão de mundo. A tática dos robôs nas eleições é combinada com o uso dos dados pessoais que deixamos de rastro na internet, ao fazer um perfil, uma conta ou preencher dados em sites. Assim, os robôs vão reproduzir conteúdo que conversam com o perfil do eleitorado do candidato, a nível de sexo, faixa etária, cidade, renda e assim por diante, com o único objetivo de buscar “corromper” o eleitor.