Palestra sobre Alimentação Saudável para pacientes diabéticos é ministrada na US Wanderley Spadaccini em Itaporanga
Palestra ministrada pela estudante de Educação Física CAROLINA CARDOSO, onde realizou orientações sobre a doença e atividades físicas com os pacientes presentes, e seguindo com o tema e orientações com a estudante de Nutrição GABRIELLY LOPES.
Quando se fala na alimentação de diabéticos, existe a ideia de que a dieta deve ser bem limitada. Na verdade, é exatamente o contrário.
É importante que a dieta para diabetes seja bem variada, composta por alimentos naturais, que colaborem para estabilizar o nível glicêmico do sangue.
Existem basicamente três tipos da doença: o diabetes tipo 1, que normalmente é diagnosticado na infância e adolescência. Representa cerca de 10% dos pacientes e trata-se de uma reação autoimune do corpo, que passa a atacar as células do pâncreas. Assim, o órgão deixa de produzir a insulina — hormônio que leva a glicose (o açúcar dos alimentos) do sangue ao interior das células para ser transformada em energia.
O diabetes tipo 2 normalmente é diagnosticado na pessoa adulta, em geral após os 40 anos, e costuma estar associado à obesidade e ao sedentarismo. Envolve os outros 90% de pacientes. O excesso de gordura no organismo causa uma resistência à insulina, dificultando o trabalho do pâncreas, que pode entrar em colapso.
Por fim, existe o diabetes gestacional, que costuma surgir na gravidez em mulheres com predisposição. Pode persistir ou não depois do parto e atinge até 25% das grávidas.
O diagnóstico de diabetes é feito por meio do exame de sangue. O mais comum é a glicemia de jejum, que mostra o índice de açúcar no sangue naquele momento. No entanto, o exame mais recomendado e seguro é o de hemoglobina glicada, que apresenta uma “fotografia” do perfil glicêmico dos últimos 90 dias. É considerado diabético o paciente que apresentar uma glicemia de jejum maior do que 126 mg/dl ou a hemoglobina glicada maior do que 7%.
Estudos apontam que apenas 60% das pessoas sabem que têm diabetes. Acredita-se que só metade dos pacientes apresentam sintomas claros, como excesso de sede, aumento do volume urinário e perda de peso repentina. A outra metade, quando percebe, é tarde demais e já está com alguma complicação instalada. Saber que tem a doença é o primeiro passo para iniciar os cuidados necessários.