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Polícia

Gaeco cumpre mandados em operação contra esquema de corrupção no DER em Bauru

Segundo a investigação, a organização causou um prejuízo aproximado de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
Materiais apreendidos pelo Gaeco foram levados à sede do Ministério Público de Bauru — Foto: TV TEM

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta quinta-feira (17) mandados de busca e apreensão na sede do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de Bauru (SP), na sede de uma empresa envolvida em Avaré, além de casas e escritórios.

O grupo investiga um esquema de corrupção envolvendo funcionários do departamento e empresas de engenharia. Segundo a investigação, a organização atuava pelo menos desde 2012 e causou um prejuízo aproximado de R$ 7 milhões aos cofres públicos.

O Departamento de Estradas de Rodagem informou em nota que colabora com a investigação realizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, e está à disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário.

A empresa Vale do Rio Novo Engenharia Construções de Avaré não se pronunciou sobre o assunto.

A operação “Conserva” é um desdobramento da investigação sobre superfaturamentos em contratos com empresas que fazem fiscalização em rodovias. Cinco pessoas foram detidas em novembro de 2016.

Foram apreendidos computadores, celulares, documentos e uma máquina para cortar papel. Todo material foi encaminhado ao Ministério Público de Bauru e vai passar por perícia.

Os promotores também cumpriram mandados de indisponibilidade de bens, em razão dos prejuízos causados pelos averiguados.

Os investigados são dois funcionários públicos do DER e duas pessoas, vinculadas à empresa prestadora de serviços. Há ainda mais um investigado, que atuou como colaborador na presente investigação.

Segundo investigação, o DER realizou procedimentos licitatórios para contratação de empresas, com a finalidade de conservarem as rodovias sob sua jurisdição. São os chamados “Contratos de Conserva”, por isso o nome da operação. Mas os suspeitos Informavam uma quilometragem a mais para o Estado e o valor superfaturado era divido entre os envolvidos.

Em um destes contratos foram apurados desvios e fraudes, que foram praticados por organização criminosa, voltada para a prática de crimes de peculato - crime de desvio de um bem ou valor público por funcionário que tenha acesso a eles em razão da sua função.

As presentes medidas servirão para conclusão das investigações, bem como para garantir o reparo dos prejuízos causados. Os trabalhos de buscas contaram com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Do G1