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Região

Empresa não consegue explicar baixo nível da represa Jurumirim

Reunião contou com representantes de Avaré, Cerqueira César e Paranapanema, além de empresários, Imprensa e moradores da represa.
Explicações não foram aceitas pelos participantes - FONTE DA FOTO: A VOZ DO VALE

A CTG Brasil, responsável pela produção de energia elétrica com as águas do rio Paranapanema, também não conseguiu dar um prazo para que o nível da represa volte a subir. A matéria é do site A Voz do Vale.

A CTG Brasil, que administra a geração de energia por meio das águas da Represa de Jurumirim, realizou entrevista coletiva na tarde da segunda-feira, 04 de novembro, para dar satisfações à população avareense sobre os baixos níveis do rio Paranapanema atualmente. No entanto, apesar de os diretores escalados para a apresentação da versão oficial estarem preparados, as explicações não foram aceitas pelos participantes. A reunião aconteceu nas dependências do Centro Cultural Esther Pires Novaes e teve a presença de representantes das prefeituras de Avaré, Cerqueira César e Paranapanema, além de empresários, Imprensa e moradores da área da represa; também o deputado estadual Fernando Cury participou do evento.

De início, a direção da empresa colocou como motivo para a coletiva, o início do período chuvoso. Eles atribuíram a queda no volume da Represa de Jurumirim à falta de chuvas. Além disso, os executivos tentaram explicar o funcionamento das represas e demais áreas geridas pela CTG Brasil. No entanto, a situação, já em seu início, mostrou que não seria de fácil controle, pois parte dos presentes se revoltaram com as apresentações de vídeos institucionais; o público, na verdade, desejava saber os reais para a queda no volume de água.

Todos os dados apresentados pelos executivos serviam de argumento para atribuir a responsabilidade ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Águas (ANA) e Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Conforme apontado pelos técnicos, o consumo de energia e sua respectiva produção é regulamentado pelos citados departamentos, restando à CTG Brasil, apenas, obedecer determinações; eles também ligaram a necessidade de produção de energia elétrica ao uso excessivo de ar condicionado por parte dos moradores da região.

Em meio à apresentação de números variados, o atual prefeito de Avaré, Joselyr Benedito Costa Silvestre fez uso da palavra. Ele frisou a necessidade de a empresa transacional tomar alguma atitude quanto à queda no volume de água.

Porém, foi um dos populares presentes que mais chamou a atenção: o rapaz saiu do meio da platéia e fez uso da Palavra, questionando duramente a empresa e a sua postura diante do problema. “Sempre sonhei em ter uma casa aqui, na represa de Avaré. Deixei de comprar uma casa no litoral por amar muito essa terra. Mas desde que a CTG Brasil começou a administrar a área, aquele lugar acabou”, destacou ele. Em suas palavras, a empresa ‘está fazendo mal à região’. “Vocês alegam não terem culpa, mas são solidariamente responsáveis pelo que está acontecendo, sim”. Ao final, ele perguntou, de forma objetiva, quando o problema será solucionado pela empresa, mas os representantes da CTG Brasil não souberam dizer quando isso irá acontecer. Além dele, muitos outros populares fizeram uso da palavra solicitando informações da represa, mas a direção da CTG Brasil apenas forneceu dados protocolares sobre a situação.

A estimativa é que a Represa de Jurumirim esteja, hoje em dia, com 16% de sua capacidade de reserva; também existe a possibilidade desse percentual diminuir caso a atual estiagem continue.